Escravos Ngolas, Benguelas, Congos e Nganguelas chegaram ao Uruguai a partir do século XVII. Com outros africanos cativos, criaram um ritmo que ainda hoje agita as ruas da capital Montevidéu. Deram-lhe um nome kimbundo: candombe. História desconhecida dos povos de Angola no outro lado do grande oceano.Continue lendo O candombe afro-uruguaio: “por quem os tambores chamam”→
Fray Bentos, Uruguai – Senti as energias renovadas ao deixar Montevidéu. Embora ainda houvesse uma desconfiança grande com o desempenho e custo de manutenção do Papa-Léguas, a estadia de 3 noites na capital uruguaia ao lado de amigos de longa data acalmou um pouco as angústias e receios do coração.
A programação do dia foi basicamente chegar a Fray Bentos antes do anoitecer, visitando Colônia do Sacramento no caminho. Isso significava cerca de 400 km de percurso.
Colônia do Sacramento, Uruguai.
Colônia do Sacramento, Uruguai.
Colônia do Sacramento, Uruguai.
O planejamento funcionou direitinho desta vez. Depois de uma rápida visita à história colônia portuguesa em pleno Rio da Prata (UNESCO) conseguimos chegar às margens do rio Uruguai no momento ideal. Foi mágico estacionar o carro no exato momento em que o Sol se escondia atrás da paisagem industrial da cidade (que diga-se de passagem, também é Patrimônio da Humanidade).
Logo em seguida, buscamos um lugar para montar acampamento. Isso não foi nada difícil. A cidade possui uma belíssima orla com área de camping gratuita. Só precisávamos mesmo cozinhar o jantar e recolher os utensílios antes de adormecer.
Ao final deste sétimo dia de Expedição Trotaméricas completamos exatos 1.903 km de distância percorrida: uma média de pouco menos de 300 km/dia. Apesar dos imprevistos, estamos dentro do cronograma.
Completando os primeiros 10 dias da viagem, pensamos em agradecer aos amigos que nos ajudaram até aqui e, automaticamente, surgiu a ideia de criar uma seção do site dedicada apenas às amizades de viagem.
A todos que aqui estão ou que, eventualmente, acabamos esquecendo de tirar uma foto, muito obrigado!
O visto dos EUA é tido como bastante restrito. De fato, por razões geopolíticas e de interesse nacional, existe um grande esforço por parte das autoridades de imigração estadunidenses em evitar a entrada de estrangeiros que pretendam se estabelecer ilegalmente no país. Isso não significa, entretanto, que os EUA não queiram conceder o visto para estrangeiros que demonstrem interesse em visitar o país para turismo, tratamento médico, estudos, participação em eventos, entre outros. Continue lendo Minha experiência solicitando o visto estadunidense→
Estes últimos dois dias foram bastante tranquilos aqui na capital uruguaia. Estamos hospedados em Paso de la Arena, na casa do grande amigo e poeta Rodrigo “Cordoba” Mundini, aproveitando para revisar o carro e rever amigos.
Mesmo já conhecendo Montevidéu de outros verões, sempre é legal passear pelas ruas da cidade e visitar seus edifícios mais importantes. A cidade é muito fotogênica!
Mercado de Pulgas, em Montevidéu, Uruguai.
Mercado de bairro, em Montevidéu, Uruguai.
Praça Independência, Montevidéu, Uruguai.
Embarcações abandonadas no Porto de Montevidéu, Uruguai.
Monumento La Carreta, Montevidéu, Uruguai.
Torre de Comunicações (ANTEL), Montevidéu, Uruguai.
Mate uruguaio, com o termo (garrafa térmica) sempre embaixo do braço.
Entardecer no Rio da Prata, Rambla de Montevidéu, Uruguai.
Entardecer no Rio da Prata, Rambla de Montevidéu, Uruguai.
Também aproveitamos a estadia para ir até o Clube Infantil do bairro Peñarol, onde o amigo Santiago Iccardi realiza trabalho voluntário. Foi uma oportunidade incrível de conversar com as crianças sobre geografia e história.
Atividade com crianças do Club de Niños do Bairro Peñarol.
Atividade com crianças do Club de Niños do Bairro Peñarol.
Atividade com crianças do Club de Niños do Bairro Peñarol.
Amanhã vamos seguir viagem até Fray Bentos e de lá cruzar para a Argentina. Hora de aproveitar os últimos momentos com os amigos. Até mais!
Seguimos viagem costeando o litoral atlântico passando pelas Lagunas de Rocha e Garzón, pelo badalado balneário de Punta del Este e pela icônica Casapueblo do artista Carlos Páez Vilaró.
Laguna de Rocha, Rocha, Uruguai.
Laguna del Garzón, entre Rocha e Maldonado, Uruguai.
Feno, às margens da rodovia.
E em Montevidéu a recepção não podia ser melhor: Amigos, Churrasco e Fernet! Precisávamos mesmo uma boa notícia.
Vamos estacionar alguns dias por aqui para trocar o interruptor do Papa-Léguas e matar as saudades dos amigos uruguaios. Até mais!
Chuí, Rio Grande do Sul, Brasil – Acordamos com o Sol e uma bela paisagem que, na noite anterior, ficara escondida na escuridão. Foi uma sensação muito legal a de tomar café escutando pássaros, tomar banho cercado de árvores e começar o passeio do dia como que se adapta aos poucos a uma nova rotina.
Pela manhã, visitamos a praia de Barra do Chuí, que de certa forma é também o finalzinho da riograndina Praia do Cassino. Ali estão os molhes do Arroio Chuí, o farol e, a apenas alguns metros de distância, a República Oriental do Uruguai.
Aqui, Brasil. Ali, Uruguai!
Antes de carimbar o passaporte no país da Celeste Olímpica, providenciamos a Carta Verde – documento obrigatório para quem viaja de carro entre os países do Mercosul – e abastecemos o Papa-Léguas mais um vez, para evitar custo elevado dos combustíveis do lado de lá da fronteira.
Depois de cruzar a fronteira, visitamos o Forte de Santa Teresa e as praias de Punta del Diablo e La Pedrera. E no final de tarde chegamos em La Paloma para o primeiro grande perrengue da Viagem! Leia mais aqui!
Com os 187 km de hoje, já são 1.093 de aventura!
Forte de Santa Teresa, Rocha, Uruguai.
Punta del Diablo, Rocha, Uruguai.
Pernoite em frente aos Bombeiros de La Paloma, para onde empurramos o carro enguiçado.
Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil – Na terra da Fenadoce tivemos a primeira noite na estrada, na casa do querido Tio Ariosto. Lembramos do dia anterior, quando estávamos tão empolgados com tudo, tirando fotos até em pedágio. O Tim, que é mais experiente em viagens rodoviárias, comentou: “Olha, muita coisa que estamos fazendo agora, vamos acabar deixando de lado depois.”. O tempo provaria que ele tinha razão.
Pela manhã, fizemos um recorrido a pé pelo charmoso centro histórico e pela orla da praia do Laranjal, talvez o mais importante balneário de toda imensa Lagoa dos Patos. Seguimos viagem um pouco antes do almoço, rumo a Rio Grande.
Lá passeamos rapidamente pelo trecho central da Praia do Cassino, considerada a mais extensa do mundo, e pegamos a estrada novamente até o extremo sul do Brasil, onde pernoitaríamos.
Vastidão austral.
A maior praia do mundo em extensão: 220 km entre Rio Grande e Chuí.
Estátua de Yemanjá, na Praia do Cassino, em Rio Grande.
Destaque para a belíssima Reserva do Taim, que é cortada pela rodovia. Um cenário de rara beleza!
Tim observa um jacaré, na Estação Ecológica do Taim, sul do Rio Grande do Sul.
Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil – Chegou o grande momento. Ontem, a bordo do Papa-Léguas, a Land Rover Defender 110 do amigo Tim Campos, partimos de Caxias do Sul rumo à Pelotas, passando por Pedro Osório no caminho. Na programação apenas despedidas familiares.
Foram 509 km rodados nesta jornada inaugural. E como eles trouxeram alívio! Finalmente colocar os pés na estrada depois de tantos meses de espera acaba com uma tremenda agonia.
Vamos em frente!
Carinho de mãe é sempre especial!
Flavio Seelbach, “olhos de águia”, um cara muito gente boa e profissional que localizamos em Caxias do Sul para finalizar a colagem dos adesivos.
Em Pedro Osório, uma visita familiar muito gostosa: Vô Déco e Vó Zaira.